Meningite e problemas auditivos: conheça a prevenção e os tratamentos

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Em junho de 1880, no estado do Alabama (EUA), nasceu uma menina que mais tarde seria um exemplo de superação.Seu nome era Helen Keller e, aos 19 meses de idade, contraiu uma doença que a deixou surda e cega.Uma das hipóteses mais prováveis é que ela tenha contraído a meningite.Mas felizmente, com o avanço da…

Mas o que é a meningite?

A meningite é a inflamação das meninges (membranas) que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Geralmente é causada por uma infecção bacteriana ou viral.

Esta doença pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade, a qualquer momento.

No entanto, bebês, crianças pequenas e crianças menores de cinco anos são o grupo com maior risco de meningite, sendo os jovens de 15 a 19 anos o próximo grupo mais vulnerável.

E como ela atinge a audição?

A meningite bacteriana é conhecida por causar surdez neurossensorial.

Ela acontece quando há uma falha no ouvido interno ou no nervo auditivo que transporta os sinais sonoros para o cérebro. A surdez neurossensorial é permanente.

A meningite pode causar surdez neurossensorial de várias maneiras e a mais comum é quando a infecção se espalha para a cóclea, danificando as células ciliadas. Outra causa possível é a inflamação do nervo auditivo.

De acordo com estudos da Meningitis Research Foundation, cerca de 30% das pessoas atingidas pela meningite bacteriana têm algum tipo de dano auditivo.

Esse dano pode ser de grau moderado ou grave, afetar uma ou ambas as orelhas e pode ser permanente ou temporário.

E o que fazer?

A primeira providência é vacinar as crianças contra a doença. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza esse imunizante na rotina de vacinação.

São duas doses: aos 3 e 5 meses de vida, com uma dose de reforço aos 12 meses de idade. (fonte EBC).

Além disso os pais precisam ficar atentos: a surdez geralmente ocorre no início da doença e pode ser perceptível para a família antes do primeiro teste de audição.

Recomenda-se que todas as crianças que tiveram meningite bacteriana confirmada ou suspeita façam um teste de audição dentro de quatro semanas.

Se a surdez for menos grave, pode não ser tão imediatamente óbvia. Portanto, é importante que as crianças sejam testadas precocemente.   

Diagnosticar e tratar a meningite rapidamente, dentro de um ou dois dias após o aparecimento dos sintomas, pode diminuir bastante o risco de perda auditiva.

Caso a perda auditiva seja grave ou permanente, ela pode ser tratada com aparelhos auditivos, implantes cocleares e suporte contínuo de especialistas como fonoaudiólogos.

Como é feito o diagnóstico?

Se a audição for prejudicada durante ou imediatamente após um surto de meningite, um profissional de saúde pode usar um aparelho chamado otoscópio para verificar as estruturas auditivas.

Se a perda auditiva for grave, persistente ou piorar, um fonoaudiólogo pode realizar testes para determinar a extensão da perda auditiva.

E quanto ao tratamento?

A maioria das perdas auditivas podem ser controlada com uso de aparelhos auditivos.

As opções incluem dispositivos intra-auriculares tradicionais ou atrás da orelha, bem como aparelhos auditivos de frequência modulada (compostos por um transmissor e receptor sem fio e de fones de ouvido).

Se a perda auditiva neurossensorial for grave o suficiente para prejudicar a qualidade de vida, um implante coclear pode ser considerado.

O implante coclear é geralmente indicado para crianças com perda auditiva neurossensorial em ambos ouvidos que não foram estimuladas o suficiente com o uso de aparelhos auditivos.

Para os adultos, os implantes são indicados para aqueles que possuem perda auditiva neurossensorial em ambos ouvidos e conseguem ouvir apenas 50% das palavras com aparelho auditivo.

Outras opções de tratamento incluem terapia fonoaudiológica e terapia auditivo-verbal, na qual os surdos aprendem a falar e ouvir com a audição que têm, muitas vezes com o auxílio de aparelhos auditivos.

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