Novas abordagens: tratamento da surdez contra o Alzheimer

Recentemente pesquisadores estão propondo uma nova alternativa para o tratamento do Alzheimer, doença que ainda não tem cura e que traz grandes desafios.

A ideia é trabalhar com o que eles chamam de “riscos modificáveis”, ou seja, aqueles em que é possível controlar durante a vida do paciente.

Essa nova abordagem leva em conta os hábitos de vida e fatores ambientais que são fatores de risco para o Alzheimer. Além da baixa escolaridade, depressão e diabetes, os médicos incluíram agora problemas visuais e auditivos.

Isso quer dizer que, segundo os médicos, se a surdez for tratada precocemente, é um gatilho a menos para o desenvolvimento do Alzheimer.

De acordo com os especialistas, garantir a visão e a audição das pessoas, principalmente durante a idade avançada, faz com que elas tenham maior interação social, mantenham as habilidades cognitivas e o cérebro em bom funcionamento.

“Eu escuto, mas não entendo”

Esta é uma queixa comum de pacientes com deficiência auditiva. Isso porque o som chega até o ouvido, porém ele é decodificado pelo cérebro. Este é um processo complexo.

Saiba como o seu cérebro percebe os sons no passo a passo:

– As ondas sonoras entram no ouvido: quando ocorre um som, ele entra no ouvido externo, também conhecido como pavilhão ou aurícula;

– O som se move pelo ouvido médio: nesta parte as ondas sonoras são amplificadas antes de serem entregues ao ouvido interno;

– O som se move através do ouvido interno (cóclea):  nesse local as vibrações são transformadas em energia elétrica por células conhecidas como ciliadas. Elas revestem a cóclea e são estimuladas por diferentes frequências;

– O cérebro interpreta esses sinais: as vias auditivas processam e decodificam sons, transformando-os em algo significativo, como uma voz, palavras, uma buzina ou uma música.

Como é feito o diagnóstico?

A perda auditiva é diagnosticada com um teste de audição. Isso é feito por um fonoaudiólogo ou médico otorrino.

Existem diferentes tipos de testes auditivos que avaliam partes específicas do sistema auditivo.

No entanto, a maioria dos testes auditivos é feita em uma sala ou cabine com tratamento acústico e fones de ouvido.

Seu fonoaudiólogo ou otorrino também realizará um exame visual de seus canais auditivos e tímpano usando um instrumento iluminado chamado otoscópio. Isso determinará se algo físico, como cera de ouvido, está contribuindo para sua perda auditiva.

Uma vez na cabine, você será irá ouvir uma variedade de tons e indicar os mais suaves que você pode ouvir pressionando um botão.

Essa parte do exame é chamada de audiometria de tom puro e é importante para determinar não apenas quanta perda auditiva você tem, mas quais frequências são mais afetadas.

Você também poderá ter que ouvir e repetir palavras. Esses testes de fala podem determinar os sons de fala mais suaves que você pode ouvir e quão bem você pode entender a fala claramente quando ela é alta o suficiente para ser ouvida.

Tratamento precoce

A perda auditiva pode prejudicar sua qualidade de vida. Um grande estudo do “National Council on Aging” conectou a perda auditiva ao estresse, raiva, depressão, solidão, perda de memória e muitos outros problemas.

Por outro lado, o mesmo estudo mostrou melhorias no poder aquisitivo, na autoestima, na vida social, na saúde física e em quase todas as outras áreas com o uso de próteses auditivas.

E é por isso que as pessoas devem realizar exames auditivos periodicamente e, se for o caso, fazer o tratamento.

Um deles é a utilização de aparelhos auditivos. Atualmente existem no mercado modelos bem avançados e discretos, ou seja, eles são encaixados no canal auditivo e as outras partes como receptor e bateria ficam fora do aparelho.

Converse com o seu fonoaudiólogo sobre exames preventivos e tratamentos. Assim você estará cuidando da sua saúde como um todo!

Agende um teste auditivo agora mesmo!