Saiba como acompanhar o desenvolvimento da audição e fala do seu filho

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Tem coisa mais linda do que um bebê percebendo seus primeiros sons? Os pais ficam emocionados ao perceber que o seu filho reage ao som das suas vozes, cantigas e outros sons como brinquedos ou da natureza.Mas qual é a idade ideal para que o bebê comece a ouvir estes sons? E a partir de…

Mas antes vamos saber mais sobre a audição dos bebês e crianças

Engana-se quem acha que o bebê só começa a ouvir sons após o parto. No segundo trimestre da gravidez o feto já tem o sistema auditivo formado e consegue ouvir a voz da mãe e outros ruídos. No entanto é importante lembrar que o ouvido capta os sons, mas quem os decodifica é o cérebro.

É por isso que, ao nascer, ele já consegue reconhecer o som da voz da mãe. Nessa fase o bebê também já está familiarizado com cantigas, timbres e sotaques da voz materna.

Logo após o nascimento o bebê já começa a desenvolver suas habilidades de escutar e usar sons, principalmente o choro para demonstrar alguma insatisfação, como a fome, por exemplo.

É através deste sentido e dos outros quatro (visão, tato, olfato e paladar) que o bebê entende e interpreta o mundo à sua volta e, conforme vai se desenvolvendo, vai ampliando suas capacidades, inclusive auditiva e de fala.

E quais as etapas do desenvolvimento da audição?

Comunicação não verbal

A comunicação não verbal nos bebês começa desde o nascimento, através das contrações musculares, olhares e expressões faciais. Aos 11 meses, o apontar é um marco do desenvolvimento — o bebê começa apontando para algo que quer e depois com a intenção de compartilhar a atenção com outra pessoa.

Ouvir e produzir sons

Como vimos, o bebê já começa a ouvir sons mesmo dentro do útero da mãe. Isso é fundamental para que o desenvolvimento da linguagem. Os primeiros sons emitidos pelos bebês são labiais. À medida que se desenvolvem, as crianças aprendem a produzir sons mais elaborados até que aprendem a combinar fonemas nas sílabas.

Estrutura das sílabas

A formação silábica consoante + vogal é a mais simples e quanto maiores, mais difíceis.

Estrutura das frases

As crianças aprendem uma única palavra e a usam como frase. Com o tempo, aprendem a combinar duas palavras até que as frases vão ganhando mais elementos.

Diálogo

Até conseguir estabelecer um diálogo, a criança depende do adulto para adivinhar o que ela quer dizer com sua fala ainda pouco compreensível, com sons e sílabas soltas. À medida que aprendem a ouvir mais, o vocabulário aumenta, a fala fica mais fácil de ser compreendida.

Só depois a criança aprende a manter um diálogo sem precisar de tanta ajuda. Até os dois anos, espera-se que ela já tenha essa habilidade.

Veja agora, o desenvolvimento da audição e fala até os 5 anos.

0-6 meses

• Vira para os pais quando falam com ele(a);

• Sorri ao ouvir a voz da mãe, pai ou cuidador;

• Responde a outros sons além da fala (brinquedos sonoros, por exemplo);

• Gosta de música e ritmo;

• Repete os mesmos sons;

• Emite sons diferentes para cada situação;

• Começa o balbucio (4-6 meses);

6-12 meses

• Vira para olhar quando seu nome é chamado;

• Gosta de jogos e brincadeiras sonoros;

• Começa a responder às solicitações;

• O som do balbucio muda;

• As primeiras palavras aparecem;

1-2 anos

• Aponta para imagens em um livro;

• Pode seguir comandos simples;

• Ouve e compreende perguntas simples;

• Pode querer ouvir a mesma história repetidas vezes;

• Aprende mais palavras a cada mês que passa;

• Pode fazer perguntas de 2 palavras;

• As palavras ficam mais claras;

2-4 anos

• Começa a entender os opostos;

• Compreende perguntas simples sobre “quem” e “quais” (3-4 anos);

• O vocabulário aumenta;

• A linguagem se torna mais clara;

• Cria sentenças mais longas (3-4 anos);

• É capaz de falar sobre experiências interessantes (3-4 anos);

4-5 anos

• Gosta de histórias e pode responder a perguntas simples;

• Entende quase tudo que falam com elas;

• Fala com clareza e fluência;

• Pode usar frases longas e detalhadas;

• Envolve estranhos na conversa;

• A maioria dos sons são pronunciados corretamente.

Como estimular o desenvolvimento da audição e fala dos filhos

Até os 2 anos

– Incentive seu bebê a fazer sons como “ma”, “da” e “ba”, mantendo contato visual, respondendo e imitando vocalizações;

– Imite o riso e as expressões faciais do bebê;

– Ensine-o a imitar suas ações, como bater palmas e mandar beijos;

– Fale com ele enquanto dá banho, alimenta e veste;

– Use gestos como acenar para ajudar a transmitir um significado;

– Reconheça as tentativas de comunicação;

– Leia para seu filho.

2 a 4 anos

– Use um discurso claro e simples;

– Repita o que seu filho diz, mostrando que você entendeu;

– Evite usar uma fala de bebê, infantilizada;

– Ajude-o a entender e a fazer perguntas;

– Faça perguntas que envolvem uma escolha;

– Expanda seu vocabulário;

– Cante canções;

– Conte histórias;

4 a 6 anos

– Quando seu filho(a) iniciar uma conversa, dê atenção sempre que possível;

– Reconheça, incentive e elogie todas as tentativas de fala;

– Faça uma pausa após falar. Isso dá a criança a chance de continuar a conversa;

– Continue a construir vocabulário;

– Fale sobre relações espaciais (primeiro, meio e último; direita e esquerda) e opostos (em cima e embaixo);

Conclusão

Agora que você já tem uma boa referência de como é o desenvolvimento da audição e fala de bebês e crianças, verifique como seu filho está se desenvolvendo.

E lembre-se: ao perceber qualquer atraso nesse processo, procure um profissional da área da saúde como um(a) fonoaudiólogo(a). Este profissional saberá fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento.

O Centro Auditivo Angélica Surraila (CAAS) tem profissionais capacitados e tecnologia que podem ajudar nesses casos. Entre em contato!

Fontes e referências

leiturinha.com.br

novaescola.org.br

soumamae.com.br

enciclopedia-crianca.com

institutoneurosaber.com.br

Referências:

MOUSINHO, Renata et al. Aquisição e desenvolvimento da linguagem: dificuldades que podem surgir neste percurso. Rev. psicopedag. [online]. 2008, vol.25, n.78 [citado  2021-06-18], pp. 297-306 .

OLIVEIRA, Keilla Rebeka Simões, Fabíola de Sousa Braz-Aquino, Nádia Maria Ribeiro Salomão. Desenvolvimento da linguagem na primeira infância e estilos linguísticos dos educadores.

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